Como abordar o assunto
Como já citei, se você tem um relacionamento próximo ao seu filho será bem mais fácil saber o que está acontecendo.
Tente não fazer perguntas diretas sobre o sofrimento, pois assim você terá maior possibilidade de obter respostas curtas ou negativas.
Pergunte como foi na escola, o que ele fez de bom, com quem ele fica no recreio ou intervalo, com quem e onde lancha ou faz as refeições, se ele brincou no recreio, o que fez hoje no intervalo, pergunte sobre as atividades ou aula que ele gosta, se está tendo alguma dificuldade.
Se mostrar que não gostou ou se revelar desconforto ou descontentamento com o assunto, pergunte o motivo.
Não faça perguntas em forma de questionário, produza um contexto, introduza o assunto estimulado por uma notícia, música, situação, história.
Se o seu filho não quer se abrir ou falar de jeito nenhum sobre esse assunto, não fique bravo, compreenda que é muito difícil a situação e falar sobre o problema é como revivê-lo e sofrer novamente.
Se você não conseguir informações para ajudá-lo, peça para outra pessoa falar com ele, talvez ele sinta mais confortável para desabafar.
Pense em uma pessoa com quem ele se sinta à vontade, como a tia, irmão ou irmão mais velho, avô.
Na escola
Sabemos que muitas amizades mudam sempre, que estes problemas também podem ser temporários e que estes incômodos vão passar.
Sabemos também que para quem está sofrendo, os momentos de dor e tristeza são intermináveis e torturantes, por isso, faça o que for possível para impedir que a intimidação continue.
Marque uma conversa com o gestor ou orientador da escola para que observe, avalie e tome providências como:
Conscientização e esclarecimento do que é bullying para os alunos;
Busca de aliados que ao observarem situações de agressão que não fiquem apenas como expectadores ou como reforçadores dos comportamentos intimidadores.
Esses aliados agirão como reforçadores negativos da situação, ou seja, quando o agressor pararde receber apoio, admiração, aplauso ou mesmo atenção, o comportamento agressivo tenderá a diminuir.
Peça que a escola faça eventos ou aulas para discutir o assunto e formem grupos contra bullying, esses grupos fortalecerão a lutar contra o bullying na escola e ficarão atentos nos momentos propícios para que a situação agressiva ocorra.
Os pais do agressor devem ser contatados, para que colaborem para o melhor comportamento do filho.
Os pais devem se envolver, pois a pessoa que pratica bullying geralmente apresenta em sua história de vida algumas características como:
Já ter sido vítima de bullying;
Repetição de exemplos familiares;
Baixa autoestima e insegurança. Assim, precisam humilhar de alguma forma os outros para se sentir superior.
Você, pai da criança ou adolescente agredido e a escola, devem ajudar a restaurar a autoestima e saúde psicológica da pessoa que sofre bulling.
Se as consequências geradas pela agressão foram graves e seu filho se encontra em estado de grande sofrimento, isolamento, tristeza, fobia social, um profissional deve ser participar do processo de recuperação do transtorno causado.
Esta intervenção deve ser urgente, se adiada, o estado de saúde psicológica de seu filho pode se agravar muito, podendo chegar até a suicídio.
Um psicólogo possui técnicas eficazes para ajudar se filho no enfrentamento de situações incomodas, para diminuição rápida de sofrimento, auto controle, para melhora da autoestima, enfim existem muitas formas de ajudar uma pessoa superar o sofrimento e recuperar a qualidade de vida perdida, reaprendendo a ver os problemas como fortalecedores e não como empecilhos a felicidade e satisfação pessoal.
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